segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Cristãos X homossexuais: há possibilidade de uma convivência pacífica?



Esse tem sido um dos embates do século, muitas farpas têm sido lançadas, tanto de um lado como de outro. Por isso, a resposta lançada no título deste post não é nada simples... Porém, há luzes no fim do túnel, e subsídios nos são dados para que formemos nossas respostas de forma contundente, como é o caso do livro acima.
"Entre a cruz e o arco-íris", de Marília de Camargo César (Editora Gutenberg), será lançado hoje em São Paulo,  veja maiores detalhes na imagem abaixo:



Se você, assim como eu, teve sua curiosidade aguçada e quer saber um pouco mais sobre a publicação, leia o release:

"Na última década, assuntos como religião e homossexualidade se tornaram pauta de acaloradas discussões entre cristãos e a comunidade gay. Na época da campanha presidencial de 2010, quando acompanhava a candidata Marina Silva, para escrever o livro biográfico sobre a então senadora, a jornalista Marília de Camargo César percebeu que o tema polêmico merecia uma atenção especial. E partiu para fazer uma grande reportagem sobre o assunto. O resultado pode agora ser conferido em Entre a cruz e o arco-íris – a complexa relação dos cristãos com a homoafetividade, lançamento da Editora Gutenberg.

Como alguém que é homossexual pode expressar sua fé cristã publicamente? Seria esse um direito negado a quem não é heterossexual? É a homoafetividade um pecado sem perdão e que exclui da religião todos os que são assim? Existiria “cura”? Como as igrejas tratam os gays? A partir de questionamentos como esses, nasceu este livro, uma reportagem contundente e abrangente sobre a complexa relação entre os cristãos, em especial os evangélicos, e a homossexualidade. Em um tom jornalístico fluido e investigativo, Marília de Camargo César traz à tona fatos e informações a partir de pesquisas sólidas em dados históricos, nas quais procura a origem do pensamento de exclusão social e religiosa dos homossexuais pelos cristãos. Além disso, evidencia também sentimentos e opiniões sobre o tema por meio de dezenas de entrevistas com religiosos, pastores, gays, ex-gays, ex-ex-gays, familiares, historiadores, teólogos, psicólogos, sociólogos e especialistas da área médica e de ciências humanas.
O resultado é um mosaico de histórias profundamente humanas, que mostram, além de argumentos e discussões em torno de questões polêmicas, muitos conflitos e atitudes causadoras de sofrimento. É a riqueza de pontos de vista, no entanto, que lança mais luz à questão: leituras fundamentalistas do livro sagrado, leituras mais liberais da chamada teologia inclusiva, relatos de gays ateus, posturas dos que optaram pela castidade para professar sua religião, e opiniões de quem entende que fé tem pouco a ver com orientação sexual. A dúvida que pode emergir de uma discussão assim talvez consiga romper a casca rígida das certezas cristalizadas e definitivas, e origine uma nova visão de mundo com menos dor e mais humanidade."


No começo do presente ano, li o primeiro livro da jornalista e confesso que estou muito ansiosa para adquirir o lançamento. "Feridos em nome de Deus" também trata de um tema polêmico - pessoas que sofreram abusos religiosos através de lideranças eclesiásticas mal preparadas. Marília os retrata de forma esclarecedora e nos contempla com um material abalizado não somente nas partes envolvidas, mas também com dados de pesquisadores e estudiosos do assunto. Se você também se interessou por este título, clique aqui e saiba mais sobre a publicação.

"Apesar de suas diferenças radicais de visão de mundo, havia entre os dois admiração, respeito e uma sinceridade tocante na crítica contra suas posições discordantes, num exercício elegante de fraterna tolerância." Trecho retirado de Feridos em nome de Deus que achei muito pertinente ao tema tratado em Entre a cruz e o arco-íris. 


Um comentário:

  1. Acredito que livros como esse tem um grande poder e uma importante função. Ele consegue por novas cores no mosaico de discussões acerca da relação Igrejas e homossexuais. Nesses dias é muito importante trazer novas falas e perspectivas a grupos e visões tão conflitantes e radicalmente opostas.

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